As bombas de captação de água bruta do rio Mogi Guaçu continuam desligadas. Adotada desde o dia 2 de janeiro, a medida está em fase de análise pela Prefeitura e visa reduzir gastos com energia, já que as bombas são responsáveis por grande consumo elétrico.

Segundo o Saema (Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente do Município), as represas estão sendo monitoradas diariamente. Durante o período de estiagem e crise hídrica em 2014/2015, o Saema realizava a captação de água bruta no Rio Mogi Guaçu. A operação teve como objetivo preservar as represas “Antônio Meneghetti” (Tambury), “João Ometto Sobrinho” (Água Boa) e “Hermínio Ometto”, responsáveis pelo abastecimento da cidade e que chegaram a secar naquele período.
A decisão do desligamento das bombas do Mogi Guaçu foi tomada levando em conta o período chuvoso previsto no primeiro mês do ano. As chuvas intensas de janeiro ultrapassaram as expectativas do mês, colaborando para que a medida de economia fosse mantida, sem prejudicar o abastecimento do município.
Chuvas
No mês passado, o Saema registrou 298,1 milímetros, quantidade que surpreende em relação aos dois últimos anos. “Em janeiro de 2016 choveu 263,9 milímetros e no mesmo mês, em 2015, tivemos 150,2 milímetros de chuva. Estamos com as represas extravasando, o que nos permite continuar com as bombas do Mogi Guaçu desligadas”, conta o diretor de Coordenadoria de Captação, Tratamento e Distribuição de Água, Wagner Bergamin.
Atualmente, a represa “Hermínio Ometto” é responsável por 78,5% do montante de água captada em Araras – os outros 21,5% são da represa “Antônio Meneghetti” (Tambury).
Economia e novos objetivos
Em dezembro do ano passado, a autarquia desembolsou R$ 62.106,44 mil reais com as bombas do Rio Mogi Guaçu ligadas para realizar a captação. “O gasto é alto por conta da distância de cerca de 25 km do rio até a ETA (Estação de Tratamento de Água). Atualmente, nós só ligamos uma vez por semana, no máximo, para manutenção e para garantir o bom funcionamento das bombas em caso de necessidade. Esperamos economizar, pelo menos, 70% do que a autarquia estava gastando em energia, valor que acreditamos que possa ser utilizado para melhorar outros serviços”, explica Bergamin.